“Devora-me ou te decifro.”
Título de um livro de Millôr Fernandes
“Devora-me ou te decifro.”
Título de um livro de Millôr Fernandes
Dentro do mar tem rio?
A partir do disco Dentro do Mar Tem Rio, de Maria Bethânia
“Quando eu nasci
Um anjo louco muito louco
Veio ler a minha mão
Não era um anjo barroco
Era um anjo muito louco, torto
Com asas de avião
Eis que esse anjo me disse
Apertando a minha mão
Com um sorriso entre dentes
Vai, bicho, desafinar
O coro dos contentes
Vai, bicho, desafinar
O coro dos contentes”
Letra de Let’s Play That, canção de Torquato Neto e Jards Macalé
“Passou um versinho voando? Ou foi uma gaivota?”
Poema sem título de Cacaso
Se não quiser me dar, me empresta?
Nome de um bloco carnavalesco que costuma desfilar em Ipanema, no Rio de Janeiro
É sempre mais difícil ancorar um navio no espaço?
A partir de um verso da poeta Ana Cristina Cesar
“A marchar no ritmo de braços e pernas
Como bombas bombeando um poço vazio. (…)
A gritar ‘mamãe’
Quando ela não pode ouvir,
E a gritar por ‘deus’
Quando eu não creio nele,
E mesmo que acreditasse nele,
Eu não lhe falaria sobre a guerra,
Como a uma criança não se fala
Dos horrores adultos. (…)
Mas acima de tudo,
Aprendi a sabedoria da camuflagem,
Não ficar visível, não ser reconhecido,
Não me distinguir daquilo que me cerca,
Nem mesmo de quem amo.
Que pensem que sou uma moita
Ou um carneiro,
Uma árvore, a sombra de uma árvore,
Uma cerca viva, numa pedra morta,
Uma casa, o canto de uma casa.”
Trechos do poema O que Aprendi nas Guerras, do israelense Yehuda Amichai.
A tradução é de Millôr Fernandes
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