terça-feira, 2 de março de 2010

Primeira consulta com o psicanalista

– Creio que o seu caso é para terapia de grupo.
– Eu e um grupo de pacientes?
– Não. Você e um grupo de terapeutas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Escondeu-se porque fez má-criação?

Quadrinho de Laerte
(clique na imagem para ampliá-la)

terça-feira, 2 de março de 2010

Praticar esportes de inverno é escrever poemas com o corpo?

“Nunca tive uma impressão mais poderosa de harmonia do que a produzida pelas lentas e repetidas mudanças de ritmo dos atletas da patinação de velocidade quando surgem das curvas, aceleram nos trechos curtos e entram na próxima curva em sua faixa de competição; nunca achei um movimento corporal mais improvável do que o do patinador artístico quando toca o solo com segurança depois de um salto quádruplo, ou mesmo quíntuplo; não conheço fusão maior entre a paisagem e o homem do que a do esquiador que se lança morro abaixo; e para mim não há maior nem mais impressionante improbabilidade atlética do que a do voo esticado de um saltador de esqui (ou de um atleta de half-pipe snowboard). Mais ainda do que em grande parte dos esportes de verão, assistir a esses eventos desperta em mim o desejo impossível de voltar a ser novamente natureza, de recuperar certos instintos há muito perdidos e formas de movimento em sincronia com nosso ambiente. (…) Não há dúvida de que, quanto mais completamente nossa vida cotidiana for absorvida pela aborrecida fusão entre computador e consciência, tanto maior se tornará nosso desejo de existir como poesia física.”

Trecho do artigo O fascínio ancestral da neve, de Hans Ulrich Gumbrecht

segunda-feira, 1 de março de 2010

Lost in translation

“Imaginamos conhecer as pessoas que amamos.
Nossos maridos, nossas esposas. Nós os conhecemos _somos eles, às vezes; quando nos separamos numa festa, nos pegamos expressando suas opiniões, seus gostos em matéria de comidas ou livros, contando um caso que nunca aconteceu conosco, e sim com eles. Observamos seus cacoetes ao conversar, ao dirigir e ao se vestir, como mergulham o cubo de açúcar no café, fixam o olhar enquanto passa de branco a marrom, e depois o soltam, satisfeitos, dentro da xícara. Observei meu marido fazer isso todas as manhãs; eu era uma esposa vigilante.
Imaginamos conhecê-los. Imaginamos amá-los. Mas o que amamos acaba se revelando uma tradução ruim, uma tradução que nós mesmos fizemos de uma língua que mal conhecemos. Tentamos superá-la para chegar ao significado do original, mas jamais conseguimos. (…) O que entendemos de verdade?”

Trecho de A História de um Casamento, romance de Andrew Sean Greer

segunda-feira, 1 de março de 2010

Por que nunca me sinto como se estivesse numa canção francesa?

Clipe de Essa Canção Francesa, música de Thiago Pethit
Dica de Sheyla Miranda

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sou o culpado pelas enchentes de São Paulo?

“Um lencinho não dá pra enxugar
O rio de lágrimas que eu tenho pra chorar”

Trecho de A Saudade que Ficou (O Lencinho), samba de Elzo Augusto e Joãozinho da Rocinha

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tristeza pega?

“minha mãe está cada vez mais triste
minha irmã está cada vez mais triste
meu pai está cada vez mais triste _
embora esteja mais alegre também _
minha sobrinha está cada vez mais triste
e até meu cunhado está mais triste
se minha avó estivesse viva estaria triste
minha avó que está viva está muito triste
meus tios disfarçam mas é evidente
que sentem o rosto murcho de tristeza
sobre os meus primos prefiro não falar
passam as noites definhando sob a lua
e meu avô só não está mais triste
porque está morto e quando estava vivo
era o homem mais triste deste mundo
se eu tivesse um filho ele seria triste
se fosse alegre ficaria triste
e mesmo que odiasse sua tristeza
nunca seria nada mais que triste”

Estou Ficando Cada Vez Mais Triste, poema de Fabrício Corsaletti

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O cúmulo do egocentrismo?

Cartum de Gervasio Troche

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Bahia

– Quanto é o acarajé?
– 4,50.
– Aceita Visa?
– Aceita.
– Me vê seis.
(Passa o cartão, digita a senha.)
– Não tem acarajé.
– Mas eu já paguei.
– Tem não.
– E agora?
– Cabô.
– Me vê em tapioca então.
– Vixi, meu rei, se quisesse comer tapioca tinha era que chegar mais cedo.

A partir do blog Bons Motivos pro Mundo Acabar

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Um consolo ou uma imensa decepção?

“Até o Super-Homem tem medo às vezes.”

De Antonio, meu afilhado de 3 anos

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