quinta-feira, 25 de março de 2010

Terror noturno

Eu adormeço às margens de uma mulher: eu adormeço às margens de um abismo?

A partir da crônica A Noite/2, de Eduardo Galeano

quinta-feira, 25 de março de 2010

Comei-vos uns aos outros

Quadrinho de Laerte
(clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Patuscada na Pauliceia

“Estávamos sentados na mesa do bar com Mário de Andrade, Francisco Mignone e uma senhora gorda cujo nome, no momento, não me ocorre. Estou vendo diante de mim a carona alegre e simpática de Mimi Sustenido, apelido dado por Otto Lara Rezende ao inesquecível musicólogo e beletrista precocemente desaparecido. O papo girava em torno de músicas, ou gêneros musicais, com nomes terrivelmente assustadores para um menino de minha tenra idade e apurada sensibilidade: tamba-tajá, maguary, escubidu, gury-mirim, japyassu, almeida, prado. (…) Foi quando Mimi Sustenido (esse Otto tinha e tem cada uma!) me perguntou naquele seu inimitável linguajar _ que ouvido tinha! _ popular:
– E tu, garboso infante, que almejas ser quando atingires a maturidade física e cronológica. Escritor, como o pai?
Num gesto muito brasileiro, cocei o saco do garçom que passava e respondi com minha poderosa voz de baixo profundo:
– Escrever todo mundo escreve. Difícil é tomar notas. Pra isso tem que ter talento. Eu vou tomar notas.
Como se ilustrando meu sonho e vocação, tomei da rodela de chope e garatujei algumas palavras só a mim compreensíveis, instamaticando a ocasião.
Um manto de silêncio cobriu a mesa. Dava para se ouvir um Matarazzo peidando na avenida Paulista.”

Trecho de A Difícil Arte de Não Escrever, crônica de Ivan Lessa, filho do romancista Orígenes Lessa

quarta-feira, 24 de março de 2010

Respeitável público?

“O aplauso
É a proeza da mentira.”

Trecho do poema Woody, de Almir Castro Barros

quarta-feira, 24 de março de 2010

E por que Cristo nunca engorda?

“A epidemia de obesidade pode ser um fenômeno moderno, mas o aumento nas porções de comida tem raízes milenares, afirma um novo estudo. Uma dupla de pesquisadores que comparou 52 pinturas diferentes retratando a cena bíblica da Última Ceia mostrou que a fartura do banquete vem aumentando gradualmente desde o século 11. Seu trabalho indica que os pratos principais mostrados nas obras cresceram 69%, enquanto pães aumentaram 23% e entradas, 65%. “O último milênio testemunhou um aumento dramático em produção, disponibilidade, segurança, abundância e barateamento de comida”, diz Brian Wansink, diretor de um laboratório da Universidade de Cornell (EUA) que estuda alimentação e comportamento. Autor do best-seller Mindless Eating (Alimentação Negligente), ele assina o novo estudo ao lado de seu irmão Craig, pastor presbiteriano e teólogo, do Wesleyan College da Virgínia.”

Trecho da reportagem Porções de comida são maiores em versões mais recentes da Última Ceia

terça-feira, 23 de março de 2010

Alguém me empresta um pouco de metafísica?

“há manhãs em que o pão não basta”

Trecho do poema Das Mãos Invisíveis, de Josoaldo Lima Rêgo

terça-feira, 23 de março de 2010

Sustentável

Se a água do planeta acabar? Tomo Coca-Cola e pronto.

A partir da crônica Socuerro! Nardoni mata o português, de José Simão

terça-feira, 23 de março de 2010

Será que eles também demolem redações?

Dica de Ricardo Lombardi

segunda-feira, 22 de março de 2010

Engajamento tem data de validade?

“Aos 92 anos, as minhas preocupações são: se vai ter bolo de fubá no café da manhã, se o suco de laranja tem gelo ou não (eu não posso com gelo) e o que vai ter para jantar. Só isso.”

Do crítico literário Antonio Candido, um dos fundadores do PT, sobre a polêmica distribuição dos royalties do petróleo entre Estados e a União. Na coluna de Mônica Bergamo (Folha de São Paulo)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Nascer é um gesto de deselegância?

“O que menos quero pro meu dia
polidez, boas maneiras.
Por certo,
um Professor de Etiquetas
não presenciou o ato em que fui concebido.
Quando nasci, nasci nu,
ignaro da colocação correta dos dois pontos,
do ponto e vírgula,
e, principalmente, das reticências.”

Trecho do poema Hoje, de Waly Salomão

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