quarta-feira, 19 de maio de 2010

Saara

“Vai passar camelo?”

Da garotinha Margarete quando lhe mandaram entrar em casa porque a rua estava um deserto. Citada por Pedro Bloch no livro Poxa, Que Meninos!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Já desenxergou um pouco hoje?

“Tanta coisa existe
que nunca foi vista:
jamais vai saber
quem delas desista.
Coisas que o jeito
melhor de achar
é fechando os olhos
em vez de espiar.”

Trecho de Jogo de Adivinhar Bicho Invisível, livro infantil de Bernardo de Mendonça
Dica de Julia Medeiros 

terça-feira, 18 de maio de 2010

Memória fraca

“Onde andarás nesta tarde vazia
Tão clara e sem fim?
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces de mim?”

Trecho da canção Onde Andarás, de Caetano Veloso e Ferreira Gullar
Interpretação de Caetano Veloso

terça-feira, 18 de maio de 2010

Não há nada mais saudável que inexistir?

“Ter nascido me estragou a saúde.”

De Clarice Lispector

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O que realmente me atormenta?

“Esse amanhecer
mais noite que a noite.”

Trecho de Sentimento do Mundo, poema de Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Será verdade?

“Quando garoto, o matemático Bertrand Russell sonhou que, entre os papeis deixados sobre a mesinha de seu quarto de colégio, encontrava um em que se lia: ‘O que diz do outro lado não é verdade’. Virou o papel e leu: ‘O que diz do outro lado não é verdade’. Apenas acordou, procurou o papel na mesinha. O papel não estava ali.”

Trecho do Livro dos Sonhos, de Jorge Luis Borges

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Causa nobre

“A morte? Olha, devo dizer que sou totalmente contra.”

De Woody Allen durante entrevista coletiva no Festival de Cannes

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Por que nunca me apresso?

“Ando com um balde de água
Embaixo de cada olho
Preciso ir bem devagar
Senão derrama”

Poema sem título de Viviane Mosé

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão delicadas?

“nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder da tua intensa fragilidade”

Trecho de um poema de e. e. cummings

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O melhor amigo do homem não passa de um oportunista?

“Quando o meio ambiente se modifica, os seres vivos incapazes de se adaptar a ele se extinguem. Por esse motivo, as estratégias utilizadas pelos animais para sobreviver em novos ambientes são muito estudadas pelos biólogos. Meu exemplo favorito é uma espécie que desenvolveu a capacidade de explorar a aptidão humana para dar e receber afeto. Utilizando sua capacidade de parasitar nossa mente, esse animal conseguiu garantir a sobrevivência de sua espécie. Como todo parasita, foi obrigado a abrir mão de sua liberdade, mas valeu a pena: da maneira como o homem vem alterando o planeta, é quase certo que essa espécie será a última do seu grupo a se extinguir, pois associou definitivamente seu destino ao do homem. Trata-se do cão.
Desde que o homem se espalhou pela Terra, os grandes carnívoros têm sofrido com nossa presença. No passado, lobos, tigres e leões não só competiam com o homem por alimentos como também se alimentavam de nossos ancestrais. À medida que o homem avançou sobre diversos ecossistemas e foi aos poucos invadindo seu habitat, eles foram caçados impiedosamente, e hoje muitos já se extinguiram ou estão na lista das espécies em extinção.
A exceção é o cachorro, que, ao entregar seu destino a seu pior inimigo, foi capaz de criar uma estratégia de sobrevivência exemplar. Provavelmente o homem primitivo domesticou o cachorro a fim de aproveitar sua capacidade de vigilância, do mesmo modo que domesticou as vacas para obter seu leite e os cavalos para o transporte. Mas, ao contrário desses animais, o cachorro teve a astúcia de desenvolver uma relação direta com nossa capacidade de criar laços afetivos. Talvez isso tenha ocorrido por causa de seu olhar meigo ou da sua capacidade de balançar o rabo. Não importa, o fato é que esse foi provavelmente o animal que melhor explorou essa característica humana.”

Trecho do artigo Um Parasita do Afeto Humano, do biólogo Fernando Reinach
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