terça-feira, 10 de agosto de 2010

O custo compensa o benefício?

“Não há como ficar online, navegando, enviando e-mails, postando mensagens, twitando e lendo twits e, em breve, ocupando-se da próxima novidade digital, sem pagar um preço elevado, sem roubar nosso tempo, nossa atenção, sem afetar nossa capacidade de apreender o que lemos e nossa experiência do mundo que imediatamente nos cerca.”

Do escritor norte-americano George Packer

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Já pensou se inventassem o Pastelão Delivery?


“É pra você.”

Cartum da revista The New Yorker
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Até quando meu coração suburbano se encantará por corações levianos?

“Ela largou de mim
Só porque eu moro longe
Do trajeto ela não gostou
Foi pra cidade
E nunca mais voltou
Pra chegar no centro
Eu gasto mais de quinze pau
Perua, trem, ônibus intermunicipal
 De mim, a malvada não tem pena
 Me trocou por um da Vila Madalena”

 Trecho do samba Depressão Periférica, de Kiko Dinucci

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Há dias em que as coisas parecem um pouco fora da ordem, não?

Trabalho do artista norte-americano Mark Jenkins
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A liberdade também pode ser uma prisão?

“Me lembro do meu tempo de estudante, quando o existencialismo estava na moda e nós todos tínhamos de aderir ao movimento. Para que os existencialistas nos aceitassem, tínhamos primeiro de provar que éramos libertinos, extremistas. Não respeitar nenhum limite! Ser livre! _ isso era o que nos diziam. Mas como me sentir livre, eu me perguntava, se estou obedecento à ordem de ser livre dada por alguém?”

Trecho de Verão, romance de J.M. Coetzee 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Barroco não anda precisando de uma plástica?


Betsabé no Banho, tela de Rembrandt,
com intervenção de Alê Venancio
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Vitaminada

A mulher bonita, de 30 e poucos anos, atravessa a rua perto da avenida Paulista. Na porta de uma farmácia, um homem a observa, de queixo caído. A mulher percebe o interesse.
– Gostou?, indaga, maliciosa, quando se aproxima dele.
– Se gostei? Madame, com a senhora mais um pacote de bolachas, eu passo um mês.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dois perdidos numa noite suja

“- Você está muito elegante, vagabundo, disse Francis.
– Estive no hospital.
– Por quê?
– Câncer.
– Sem sacanagem. Câncer?
– O médico me contou que vou morrer dentro de seis meses. E eu disse que quero beber até morrer. Ele disse que não faz a menor diferença se eu quiser comer ou beber, porque vou morrer de qualquer jeito. E vou dessa para melhor, com câncer. No estômago, parece que faz um buraco, sabe como é? Eu disse que estava querendo chegar aos 50. E o médico disse que eu não tinha a menor chance. Eu respondi que tudo bem, que diferença faz?
– Que azar o seu, hein? Tem uma garrafa aí?
– Tenho um dólar.
– Jesus, já é um bom começo, disse Francis. Mas aí ele se lembrou da dívida com Marcus Groman.
– Escute aqui, vagabundo, disse ele, quer vir trabalhar comigo para ganhar um dinheirinho? Depois, podemos comprar umas garrafas e comida.
– Trabalhar onde?
– No cemitério. Cavando e carregando terra.
– O cemitério? Por que não? Já está mesmo na hora de ir me acostumando. O que é que eles pagam?
– E eu lá sei?
– Estou querendo saber se eles pagam em dinheiro ou se dão um túmulo de graça quando o sujeito bater as botas.
– Se não for dinheiro, estou fora, disse Francis. Não vou cavar a minha própria cova.”

Trecho de Ironweed, romance de William Kennedy

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Alguém sabe onde posso descolar o bongozinho que acende?


Primavera, canção de Cassiano e Sílvio Rochael, interpretada pelo Pato Fu

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Conseguirei mergulhar no desespero sem me desesperar?

“Para Nietzsche, as principais tragédias gregas – escritas por autores como Ésquilo e Sófocles no século 5 a.C. – contêm uma imagem profética da condição humana. Os heróis trágicos, como Édipo, Antígona e Prometeu, são levados à desgraça e à destruição por suas próprias virtudes. Contudo, em uma tragédia que se preze, a catástrofe não leva à agonia total, mas a um misterioso consolo metafísico. A essência do mundo trágico está na capacidade de sorrir enquanto se penetra no coração das trevas, e é isso que Nietzsche tenta resgatar, como antídoto para as mazelas e fraquezas de sua própria época: somos todos personagens de uma grande tragédia cósmica, e devemos viver de acordo com nossos papéis, sem recair no escapismo ou na lamúria. A chave da sabedoria está em aceitar o lado selvagem e transitório da vida – o que não significa renunciar a ela. Esse perigoso equilíbrio entre o prazer de viver e o fatalismo existencial é regido, na filosofia de Nietzsche, por duas figuras ao mesmo tempo opostas e complementares: os deuses Apolo (da harmonia, da ordem, do comedimento) e Dionísio (da desmedida), enfezados irmãos olímpicos, que entre socos e abraços regulam o estado de espírito da humanidade.”

Trecho do artigo Razão e Instinto, de José Francisco Botelho 
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