De castigo na avenida Paulista

“Quando a gente é criança e faz alguma malcriação, nossos pais podem brigar, gritar, ameaçar, mas o que sempre acaba acontecendo invariavelmente é: Vai já para o canto pensar no que você fez. Opa! E se, ao ser flagrado fechando um cruzamento, o motorista abordado por um fiscal tomasse a multa, mas também tivesse que parar seu carro no acostamento por 30 minutos? Sem poder sair dali. Entendeu? O policial viu o sujeito falando ao celular. Para o carro, pede a documentação, aplica a multa e a pessoa é obrigada, por lei, a esperar por 30 minutos ali. ‘Pensando’ no que fez. Hoje em dia, tempo não é dinheiro, tempo vale muito mais. Então, punição mesmo é fazer a pessoa perder seu tempo, não somente o seu dinheiro. Eu prefiro muito mais pagar R$ 100 de multa do que chegar 30 minutos atrasado a um reunião. Se a pessoa se recusar a esperar, voz de prisão. E uma multa maior. Ela terá que ir até uma delegacia assinar uma papelada qualquer, ou seja, perderá mais do que os 30 minutos. Pense nisso.”

Trecho de Ideia, crônica do humorista Fábio Porchat

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