Com a faca, mas sem o queijo, na mão

– Está gostando do emprego novo?
– Estou, sim, mainha.
– Supermercado, é?
– É.
– O que você faz lá?
– Faxina.
– E o gerente grita muito?
– Grita nada. Parece até que resolveu me cantar.
– Oxe, por quê?
– Outro dia me deu uma faca.
– Das boas?
– Das excelentes. Faca afiada, pequena, de cortar queijo.
– E por que não deu o queijo também? Tem uma porção de meses que você não vê queijo em casa. O mais necessário o diabo do galã não dá…

Entreouvido no ônibus, em São Paulo

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