“[Rodrigo era o nome] do capitão da seleção brasileira de meninos de rua. Morreu em fevereiro, antes do campeonato. De tiro. Aos 14 anos, no dia do seu aniversário. Vinicius, um de seus melhores amigos, assim descreve a sua morte: ‘Ele tava fazendo uns roubos na favela [porque passava fome]. Um cara apontou a arma primeiro para o irmão dele. Só fez tec, tec. Era catolé’. Pergunto o que é catolé. Ele explica: ‘Não sai bala’. Nesse momento, interrompe a narrativa. ‘Você entende só um pouco de português, né?'”
Camisinhas Ochoa: não deixam passar porra nenhuma.
“Fui procurado durante a ditadura por um censor que, em nome da Petrobras, me pediu que parássemos de criticar a empresa. Ele disse que já deveria ter pedido isso antes, mas que não conseguira me encontrar. Expliquei ao censor que o fato me preocupava bastante porque, se a Petrobras não havia conseguido me encontrar – eu, que tinha telefone, residência e local de trabalho conhecido -, como é que pretendia achar petróleo embaixo d’água?”
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