Arquivo de abril de 2014

terça-feira, 22 de abril de 2014

Ninguém conta piadas de português tão bem quanto a realidade?

terça-feira, 22 de abril de 2014

Revelação

– Sou teu pai.
– Meu pai?!
– Ou mãe. Não lembro direito.

A partir de uma HQ de Laerte

terça-feira, 22 de abril de 2014

Invencíveis?

“Quem disse que não há luta de classes? Claro que há, e nós estamos ganhando.”

Do megainvestidor norte-americano Warren Buffett 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Vale acionar o Ibama?

“Sonhos são coelhinhos que a realidade caça.”

Do quadrinhista André Dahmer

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Diante dos outros, mais fácil tirar a roupa do que a máscara?

“Por trás do peixe que tu tá vendendo
Qual é o peixe que tu tá vendendo?”

Por Trás, canção da banda Apanhador Só

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Gerúndio perturbador

“Você não dá dois beijinhos quando encontra uma freira, claro que não, tampouco sai agarrando a mão dela, de modo que irmã Dulce e Julia guardaram uma certa distância, justamente ali na entrada do açougue, como vai?, lindo dia etc e tal, e logo passaram a comentar sobre o tamanho da coincidência: encontrarem-se, depois de tantos anos, naquela praia de Santa Catarina. ‘Minha mãe está doente’, disse a freira. Julia tentou calcular na cabeça a idade de irmã Dulce para assim ter uma vaga ideia do quão velha seria sua mãe, não muito velha, ela imaginava, embora sempre fosse difícil supor a idade de alguém que fez voto de castidade e usa uma única roupa. ‘Minha mãe está morrendo. Ela mora ali’, e apontou um prédio qualquer de três andares. Julia engoliu em seco. Por que irmã Dulce tinha que dizer isso e daquela maneira? Além do mais, estar morrendo era mil vezes pior do que ter morrido.”

Trecho de Todos Nós Adorávamos Caubóis, romance de Carol Bensimon

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O ultramoderno também pode ser vintage?

Clique na imagem para ampliá-la

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Como nascem as canções

“Caetano Veloso liga seu carro e sai do estacionamento. Ele gosta de dirigir seu carro pelas ruas do Leblon. Logo após deixar a garagem, Caetano Veloso passa exatamente pelo lugar em que atravessara a rua. Caetano Veloso pensa que, se ele não estivesse no carro, mas estivesse atravessando a rua nesse instante em que passa pelo mesmo ponto em que, alguns minutos atrás, atravessou a rua, ele estaria sendo atropelado por seu próprio carro, que estaria sendo dirigido por ele mesmo, Caetano Veloso. Ele medita por alguns instantes e sorri: Caetano Veloso está feliz por estar dentro de seu carro, e não atravessando a rua, pois ele estaria sendo esmagado e, provavelmente, morto por seu próprio carro.
– Como está se sentindo, Caetano Veloso?
– Ótimo.
Caetano Veloso pensa em uma bela melodia, que veio até sua mente enquanto sentia-se bem por não estar sendo atropelado e morto por seu próprio carro. Ele dirige e canta. Caetano Veloso para no sinal vermelho e continua cantando com alegria e descontração, que são inerentes a Caetano Veloso.
– Como está se sentindo, Caetano Veloso?
– Ótimo.”

Trecho de Caetano Veloso se Prepara para Atravessar uma Rua do Leblon, conto de Rafael Sperling

terça-feira, 15 de abril de 2014

E se Valesca Popozuda virar moda nas provas brasileiras?

Dica de Gianni Paula de Melo

terça-feira, 15 de abril de 2014

Mentiras sinceras nos interessam

“Soar verossímil não é sinônimo de ser realista. Hollywood mesmo parece fazer uma imitação reverente da realidade, mas não faz: quem de nós desliga o telefone sem dar tchau, como é comum nos filmes americanos, depois de um diálogo em que são transmitidas informações técnicas nunca repetidas e conferidas, ou acredita que vilões fariam longos discursos antes de (não) matar o mocinho? O que a dramaturgia faz é propor um contrato, a ‘suspensão voluntária da descrença’ (Coleridge), e no início de uma obra aceitamos ou não que o universo apresentado pelo artista pode ser daquela maneira. É um contrato que prevê autonomia, não submissão ao já sabido. Uma cena não poderia ‘acontecer assim’? Só até o dia em que, numa narrativa que a justifique, ela acontece.”

Trecho de Artificialmente natural, artigo do romancista Michel Laub
O título do post remete à música Maior Abandonado, de Cazuza e Frejat
Interpretada pelo Barão Vermelho no Rock in Rio de 1985
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