Arquivo de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Compromisso, só com o mercado?

“Tornaram-se comuns, ao meu redor, pessoas que não têm responsabilidade nem culpa. São os autoindulgentes, uma legião que sempre diz a si mesmo que está tudo bem. São especialistas na arte de se perdoar. Ignoram a louça, o horário, os amigos, a família e, fundamentalmente, o sentimento dos outros. Fazem o que querem (…). O resto que se dane. São adolescentes adultos aprimorando a arte de fazer mal a si mesmos e aos demais. Eles não são egoístas. O egoísta é uma pessoa que cuida apenas dela mesma. Os autoindulgentes nem conseguem fazer isso. São egoístas míopes, que só enxergam as próximas oito horas. No longo prazo, são um desastre para eles mesmos. Preguiçosos e mimados, parecem imbuídos da sensação de que suas vontades são urgentes e todos os deveres (inclusive morais) podem ser adiados ou esquecidos. Acham que têm todo o tempo do mundo para fazer o que é certo. Hoje, porém, farão apenas o que têm vontade. (…) É tão comum como deprimente que o rebelde autoindulgente de agora – aquele que toma todas, faz de tudo e não deve satisfações a ninguém – termine, entre os 30 e os 40 anos, dando trabalho aos pais idosos, como se fosse uma criança. Sem nunca ter deixado a adolescência, acaba, na idade adulta, como dependente dos pais que despreza. Haja rebeldia! Se eu pareço raivoso, me desculpem. São sentimentos pessoais e biográficos – alimentados pela convicção de que vivemos uma epidemia de egos descontrolados. Nossa cultura fomenta o comportamento irresponsável em relação a si mesmo e aos demais. Sacrifício, apenas no contexto do trabalho. Quase todos sabem que é preciso ralar para ganhar dinheiro ou manter um bom emprego, mas, encerrado o expediente, um monte de seres humanos simplesmente aperta o foda-se.”

Trecho de Eles não dizem não a eles mesmos, artigo de Ivan Martins 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Em briga de objetos perfurantes, não se mete a colher?

“A profissão do abre-latas
não é regulamentada:
haverá sempre a faca canhota de mamãe
a libertar sardinhas e atuns,
e ele ficará no subemprego
de abrir garrafas.”

Trecho de um poema escrito pelo protagonista do romance Terra Avulsa, de Altair Martins

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Deus vale ouro?

In gold we trust.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O amor sempre trai o que ele mesmo promete?

“Nada podemos dizer do amor sem estar, simultaneamente, dizendo o contrário. Ele tem essa característica temível, fascinante, de ser uma palavra-ônibus: designa tanto a abnegação quanto o egoísmo, a cobiça e a sublimação, o fogo de palha e a constância. É a aposta para se estabelecer a eternidade no tempo, o conjunto de forças que resistem ao desgaste e ao esquecimento, e também a fulgurância instantânea dos sentidos e das almas. É desejo de incandescência tanto quanto vontade de permanência, sendo os dois igualmente verdadeiros.”

Trecho de Fracassou o Casamento por Amor?, livro do filósofo francês Pascal Bruckner

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Mais dia, menos dia e… bum?

HQ de Angeli
(clique na imagem para ampliá-la)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sou ou não sou muito louco?

“A minha alucinação é suportar o dia-a-dia
E meu delírio é a experiência com coisas reais”

Trecho de Alucinação, música escrita e interpretada por Belchior 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Madurofobia

“Um resumo do filme Gravidade? É a história de como George Clooney prefere flutuar no espaço e morrer a passar mais tempo com uma mulher da idade dele.”

Da comediante Tina Fey, durante a entrega do Globo de Ouro, no domingo

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A luta de classes acabou?

“A classe dominante é formada pelos capitalistas que têm por objetivo a sua ‘liberdade’ de fazer o que quiserem com o câmbio, com a localização geográfica de seus investimentos, com os preços e juros que eles cobram dos clientes. Para tanto, eles reivindicam a exclusão do Estado da arena econômica. A esse respeito, os interesses dos capitalistas e das classes trabalhadores não podem deixar de se contrapor. O povo trabalhador depende das políticas ditas ‘sociais’ que tomam a forma de serviços públicos essenciais: saúde, segurança, transporte, energia, telecomunicações, educação de crianças, jovens, adultos e idosos, habitação social, previdência, cultura etc.. Embora os serviços públicos estejam à disposição de toda a população, somente os pobres dependem deles. As classes abastadas não os usam, porque quase todos eles têm como contraparte serviços análogos prestados por empresas capitalistas privadas. O entrechoque de interesses fica flagrante no caso do transporte urbano: o espaço de circulação é disputado por automóveis de passageiros e ônibus e outras modalidades de transporte público. A mesma disputa fica tristemente óbvia quando os porta-vozes da classe capitalista encenam campanhas contra o tamanho dos impostos, quando todos sabem que o SUS, o Sistema Único de Saúde do qual dependem os trabalhadores, carece de meios para curar e salvar vidas porque o Orçamento do governo federal não dispõe de recursos para tanto.”

Do economista Paul Singer

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quão injusta pode ser a justiça de Deus?

“A teoria heliocêntrica não causou a condenação de Galileu Galilei. Copérnico já havia dito que a Terra girava em torno do Sol e a Igreja não se importou. O que provocou a ira papal foi o humor. Para defender o heliocentrismo, Galileu criou um diálogo fictício entre um personagem sábio, Salviati, e um personagem imbecil, Simplício. O sábio acreditava que a Terra girava ao redor do Sol e o imbecil achava o contrário. O livro foi um sucesso retumbante. E a Igreja vestiu a carapuça do imbecil. Galileu foi obrigado a negar tudo o que havia dito para escapar da fogueira. Negou e ainda assim foi condenado à prisão perpétua. Giordano Bruno, contemporâneo de Galileu, acreditava que o universo era infinito. Negou-se a se negar. Foi queimado vivo. Somente em 1983, quase quatro séculos depois, o Vaticano absolveu Galileu, provando ter um sistema judiciário ainda mais lento que o brasileiro.” 

Trecho de Péssimo mau gosto, artigo de Gregorio Duvivier

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Cantada de cartógrafo

“Palmas pra você? É pouco. Você merece o Tocantins inteiro!”

Piadinha que corre pela internet
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