Arquivo de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Não há como se divorciar da própria sina?

“Julio fugia dos relacionamentos sérios, não se escondia das mulheres, mas da seriedade, pois sabia que a seriedade era tanto ou mais perigosa que as mulheres. Julio sabia que estava condenado à seriedade, e tentava, obstinadamente, torcer seu destino sério, passar o tempo na estoica espera daquele espantoso e inevitável dia em que a seriedade chegaria e se instalaria para sempre na sua vida.”

Trecho de Bonsai, romance de Alejandro Zambra

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Desenho pergunta?

Décima primeira ilustração de uma série que o artista
paulistano Ganu publica semanalmente neste blog
(clique na imagem para ampliá-la)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Glutamatar a vida mata?

“Glutamato monossódico. Aquela coisa que tem no tempero do miojo e em um monte de comida expressa, porque a gente tem muita pressa, pra deixar os sabores mais aguçados. Sabor já aguça, existe pra aguçar, não pra ser aguçado. Antes, tinha guerra.  Brigava-se por tempero. Nossos ouvidos e olhos, além de nossa goela, receptora de hormônios de galinhas inchadas, recebem toneladas do tal aditivo. Senão, os apressados não são fisgados. A música precisa ser cada vez mais rápida e alta e só mais rápida e alta. Não pra acrescentar, mas pra trocar, exterminar outras formas. Os peitos cada vez mais inflados, caso pequenos sejam. Se forem grandes, o ideal é diminuí-los, pra depois inflá-los nos métodos atuais. O videoclipe de quatro minutos é longo, a edição do filme tem que deixar o sujeito tonto. Não é pra acrescentar, é pra trocar, pra acompanhar a estabanação geral. O grande lance é nausear a criatura, pra emocioná-la.”

Trecho de Glutamato Monossódico, crônica da cantora Karina Buhr

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

E o Papai Noel não sabia de nada?

Charge de Jean Galvão

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Se a França está lá, como veio parar aqui?

“Quando nos apaixonamos
Poça d’água é chafariz
Ao olhar o céu de Ramos
Veem-se as luzes de Paris
No verão é uma delícia
A brisa fresca de Bangu
Mesmo um cabo de polícia
Só nos diz merci beaucoup
Eu ouço um samba de breque
Com Maurice Chevalier
Bebo com Toulouse-Lautrec
No bar do Caxinguelê
Daí ninguém mais estranha
O Louvre na Praça Mauá
E o borbulhar de champanha
Num gole de guaraná
Cascadura é Rive Gauche
O Mangue é Champs Elisées
Até mesmo um bate-coxa
Faz lembrar um pas-de-deux
Purê de batata roxa
Parece marrom-glacé”

Letra de Canção de Pedroca,
escrita por Francis Hime e Chico Buarque 
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